Com dificuldades de caixa, dívida excessiva e suspeitas de corrupção, a Petrobras está puxando a economia brasileira para baixo. Não fosse a freada da estatal em 2014 e 2015, a queda dos investimentos no Produto Interno Bruto (PIB, total da renda gerada no País) acumulada nestes dois anos poderia ser 1,4 ponto porcentual menor, segundo simulações feitas, a pedido do 'Estado', pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV).
No ano passado, os investimentos caíram 4,4%, segundo o IBGE, mas o recuo poderia ter sido de 3,7%, se a Petrobras tivesse cumprido seu plano de investimentos 2014-2018. Para este ano, o Ibre/FGV espera um tombo de 7,2% nos investimentos. Já a equipe da corretora Gradual Investimentos prevê queda de 4%. Se a estatal mantivesse seus aportes, a baixa seria de 6,5%, no primeiro cenário, ou de 3,3%, no segundo.
Efeitos indiretos. Na prática, os efeitos negativos podem ser muito maiores, pois a conta não considera os impactos na cadeia de fornecedores nem do aumento da incerteza na economia. "A gente não sabe a extensão do impacto das investigações (da Operação Lava Jato) sobre as empresas associadas à Petrobras, que atuam tanto no setor de petróleo e gás quanto na construção", diz Vinicius Botelho, pesquisador do Ibre/FGV, que fez as simulações. Leia MAIS - do site Diário do Poder
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