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sexta-feira, 1 de maio de 2015

MINHA COLUNA NA FOLHA: “Fachin, família e propriedade”

Leiam trecho:
O advogado Luiz Edson Fachin, indicado pela presidente Dilma Rousseff para a vaga aberta no Supremo, não pode ter seu nome aprovado pelo Senado Federal, a menos que essa Casa resolva pôr em dúvida a sua própria legitimidade e queira flertar com o baguncismo jurídico. Aquele que Dilma, o PT, a CUT, o MST e o tucano Álvaro Dias (PR) pretendem que seja um dos 11 da corte constitucional já deu mostras de que despreza o Congresso, de que repudia fundamentos da Constituição e de que ignora valores caros à sociedade brasileira.

Em artigo publicado em 1986 (http://goo.gl/4qu1xR), ao qual permanece fiel, como pode atestar João Pedro Stedile, um de seus padrinhos, Fachin ironiza a representatividade do Parlamento; sustenta que o direito de propriedade é um dos males do Brasil e prega a sua extinção; defende o confisco de terras sem indenização; advoga a desapropriação de áreas produtivas; cobra uma Justiça de exceção para tratar das questões agrárias, acusa o Judiciário de só proteger os ricos e deixa claro que, mantido o regime –suponho que queira regredir do capitalismo para o socialismo–, todas as mudanças serão “perfunctórias”. Sem a virada de mesa, todo avanço será contraproducente; nas suas palavras, dar-se-iam “um passo à frente e dois atrás”. Ele quer revolução, não reforma.
(…)
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