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segunda-feira, 4 de maio de 2015

Governo petista vive para desmoralizar os governos… petistas. Dois casos exemplares

Nada como um dia atrás do outro, com a realidade do meio, para desmoralizar o petismo. Esta segunda-feira foi pródiga em demonstrar a verdade dessa afirmação. Como vocês leem no post abaixo, Joaquim Levy, ministro da Fazenda, chamou de precipitada a redução do indexador da dívida dos estados e municípios. E quem sancionou a lei em novembro passado? Sua atual chefe, Dilma Rousseff. Aliás, Levy é aquele que já havia classificado de “tosca” a desindexação da folha de salários. Mas ele não ficou sozinho no esforço de desmontar bombas armadas pelo petismo. Teve a companhia de Eduardo Braga (PMDB), ministro das Minas e Energia.

Braga está em Huston, nos Estados Unidos, onde participa da conferência da OTC (Offshore Technology Conference), que discute o mercado de energia. E o que ele disse? Defendeu que as empresas estrangeiras tenham o direito de explor o pré-sal mesmo sem a participação da Petrobras.

Segundo o marco regulatório aprovado em 2010 pela tropa de choque de um Lula com a popularidade nas alturas, a estatal brasileira tem de ter 30% da exploração dos campos do pré-sal. Ocorre que a estatal não tem dinheiro para isso.

Para não parecer que se trata de um recuo vexaminoso, o ministro escolheu uma saída criativa: conceder à Petrobras o “direito de recusa” — vale dizer: a empresa diria: “Não, muito obrigado!, não quero”. E aí entraria, então, o capital estrangeiro, sem a estatal.

“Não estamos hoje no Brasil discutindo essa questão, mas existem opiniões, e tenho a minha. O direito de recusa seria uma boa estratégia para que nós não estivéssemos a reboque de uma política setorial e de empresa dentro da política nacional de exploração de uma área vital”, afirmou Braga.

As palavras fazem sentido. O ministro tem razão: o país está a reboque de uma decisão estúpida. Ele defendeu, no entanto, outra cretinismo do lulo-petismo: “Acho que o modelo de partilha é fundamental para nossa economia e para nossos recursos naturais”. Braga sabe que é besteira. O Brasil progrediu enormemente na exploração de petróleo com o regime de concessão.

O ministro informou ainda que há a possibilidade de que o próximo leilão do pré-sal, previsto para 2016, seja adiado para 2017 em função da “volatilidade” do mercado.

Quando um governo adere à razão e ao peso da realidade, é sempre o caso de aplaudir a coisa em si. Mas que jamais se deixe de apontar a responsabilidade do petismo nas dificuldades que estão aí postas.



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