Mais claro do que isso é impossível.
Basta notar que todos os algozes do povo brasileiro estão unidos. Quem são eles? Ora, são os comunistas derrotados fragorosamente na última eleição e agora aliados do establishment, esse contubérnio dos ditos poderosos que tradicionalmente dão a direção ideológica, política, social e econômica a um Estado. Somam-se a esse concerto de poderosos os grandes empresários, banqueiros, políticos além de outros nichos de poder.
A grande mídia tradicionalmente integra o establishment como seu principal operador, no que diz respeito à formação da opinião pública. Até o surgimento da internet e das redes sociais os tradicionais meios midiáticos não só formavam a opinião pública, controlavam! E esse poder do qual dispunha o establishment evaporou ou no mínimo diminuiu muito.
Com os recursos tecnológicos disponíveis cada cidadão foi municiado de um poder jamais imaginado passando da platéia para o palco, ou seja, de telespectador, ouvinte e leitor transformou-se também em ator social e político importante. Ao mesmo tempo passou a obter elementos, como a informação no seu estado puro, a salvo do filtro midiático tradicional, fato que permite hoje a cada cidadão compreender muito mais o processo histórico, social e político.
Ligeiramente é isso que está acontecendo. E foi tudo isso que rasgou o diáfano véu da fantasia que turbava a visão clara da realidade por parte do eleitorado. Esse é um dos pontos principais que levaram Jair Bolsonaro à Presidência da República, um autêntico outsider que às vésperas do pleito presidencial estava sem partido político, à Presidência da República.
Grosso modo, pode-se inferir com base em tudo isso um dado muito importante. O carisma que impregna a personalidade política de Jair Bolsonaro.
O tipo puro de líder carismático foi elencado pelo mais importante intelectual do século XX, o prolífico filósofo, sociólogo e grande intelectual alemão Max Weber. Em sua filosofia política Weber destaca três tipos puros de dominação: Racional-Legal - a obediência se deve em razão de disposição legal, no caso a Constituição. É o denominado Estado Moderno. Tradicional - A obediência se deve à tradição, sempre foi assim. Característica das monarquias hereditárias. Carismática - me obedece que só eu posso te salvar. Muito sinteticamente esses são os ditos três tipos puros de dominação política elencados por Max Weber.
FORÇA CARISMÁTICA
Aplicando-se esses conceitos pode-se encaixar o fenômeno Jair Bolsonaro no terceiro tipo, o carismático, porque sua ascensão política contraria todas as regras do processo estabelecido: ser comandante de partido político, pertencer ao establishment, ou seja, ao grupo dominante e que dá as regras do jogo político, a orientação política e ideológica.Ajunte-se a esses fatos a memória dos eleitores fundada num processo histórico de ensaio e erro sucessivo ao longo da história da República. No caso brasileiro o esgotamento de todas essas tentativas salvacionistas que ao final levaram ao poder os comunistas. Acresce a esses fatos a descoberta do petrolão pela Operação Lava Jato.
Sobreveio o impeachment de Dilma Rousseff decidido pelo establishment como forma de apaziguar a revolta popular. Tudo combinando no breu das tocas, tanto é que pisotearam a lei mantendo os direitos políticos da Dilma. Tudo previsto pelo establishment. Michel Temer, como vice-presidente, assumiu com o propósito de apaziguar os ânimos exaltados da população e para fazer a transição até o pleito presidencial, de forma a manter intacto o sistema de poder desde o golpe da República.
Nesse período o outsider Jair Bolsonaro foi sedimentando sua liderança. Ficou sem partido político até o último momento legal para sua candidatura presidencial, filiando-se ao PSL, partido sem nenhuma expressão nacional. Todavia, nessas alturas, Jair Bolsonaro já havia sedimentando seu caminho ao Palácio do Planalto e não dependia de máquina partidária.
Dada à total falência do Estado brasileiro, perante a opinião pública sobrara apenas um nome: Jair Messias Bolsonaro. A teoria da dominação política weberiana faz sentido. Era como se Bolsonaro dissesse aos eleitores: só eu posso lhes salvar. Afinal de contas, seria razoável que dissesse isso haja vista o esgarçamento das instituições, a corrupção, a roubalheira revelada pela Operação Lava Jato, a tentativa de implantação de um governo totalitário de viés socialista emulando a Venezuela. De fato, dentre todos os políticos sobrara apenas Jair Messias Bolsonaro
Sozinho, sem recursos fartos, sem doações vultosas, sem jatinho e viajando em vôos normais junto com os demais passageiros, Jair Bolsonaro se transformou no maior fenômeno eleitoral da história do Brasil sendo carregado nos braços do povo até que sofreu um atentado no dia 6 de setembro de 2018, na reta final da campanha. Milagres acontecem e Bolsonaro sobreviveu, embora alijado da campanha e submetido a diversas cirurgias. Seu discurso da vitória se deu dentro de sua própria residência no Rio de Janeiro, onde ainda convalescia da facada que lhe dilacerou o ventre.
PAUTA CONSERVADORA
As grandes manifestações ocorridas no Brasil neste domingo são portanto uma demonstração muito clara que o ânimo da população brasileira não mudou um milímetro. É o mesmo manifestado nas urnas. E agora, mais ainda, com essa manifestação de apoio ao Presidente Bolsonaro e aos seus projetos de reformas há anos adiados por todos os seus antecessores.Outro detalhe importante diz respeito a um fato que é inaudito na história política brasileira. A eleição que levou Jair Bolsonaro à Presidência da República revelou por inteiro e na prática que a esmagadora maioria da população brasileira professa costumes e crenças conservadoras.
Aliás, o conservadorismo até há pouco era um tema que jamais aventado no debate político. E a razão para essa lacuna deve-se ao fato de que essa temática foi transformada em tabu pela mainstream media nacional açulada pelos ditos "intelectuais", rematados esquerdistas que controlavam a área de ciências humanas das universidades, o show business e toda a dita produção cultural.
Assinale-se que Jair Bolsonaro em sua ascensão política sempre teve como plataforma política os temas conservadores e contribuiu muito para trazê-los ao debate público e os incluiu em sua plataforma de propostas de sua campanha eleitoral. Notem que o conservadorismo não é uma ideologia, mas um enunciado de princípios consentâneos com os desígnios da natureza. Portanto, o conservadorismo não é revolucionário pois trata de mudar apenas o que não se revela favorável à sociedade humana mantendo o que comprovadamente é bom.
Como os conservadores não são revolucionários suas manifestações políticas se dão sempre dentro da ordem, mesmo que eventos, como o ocorrido neste domingo, envolvam milhares de pessoas.
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