Exercendo interinamente a Presidência em razão da viagem de Dilma Rousseff a Nova York, Michel Temer concedeu entrevistas a veículos estrangeiros para rebater a mentira que a presidente espalha mundo afora, a saber: o impeachment seria um golpe. Em entrevistas separadas, o ainda vice falou aos americanos The New York Times, The Wall Street Journal e Dow Jones (agência de notícias) e ao britânico Financial Times.
A todos, lembrou o óbvio, já destacado por ministros do Supremo: os passos do impeachment estão previstos na Constituição e são acompanhados pela Justiça. O país vive um período de absoluta normalidade democrática, tanto é que a presidente viajou, e ele, Temer, exerce interinamente a Presidência, que volta às mãos da titular tão logo esteja em solo pátrio.
Referindo-se ao possível discurso de Dilma na ONU com alusões a um suposto golpe, afirmou Temer ao NYT: “Estou muito preocupado com a intenção da presidente de dizer que o Brasil é uma República de menor importância onde há golpes”. E fez uma observação certeira ao FT: “O que ela deveria fazer, na minha opinião, é defender-se no Senado, com argumentos sólidos, e, então, o Senado não vai julgá-la nem afastá-la”.
Brasília
Nos dois dias de exercício da Presidência, Temer pretendia ficar em sua casa, em São Paulo. Mas decidiu rumar para a capital federal porque algumas poucas dezenas de petralhas resolveram dar plantão na sua porta, gritando palavras contra o impeachment.
Temer tem uma casa de classe média, no Alto de Pinheiros, numa área estritamente residencial. Tomou a decisão de voltar a Brasília também em razão da perturbação que os protestos provocam aos vizinhos. Sabem como é: gente que defende cleptocratas não costuma ter limites.
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