Depois da derrota de ontem no STF, seguindo o rito da votação do Impeachment, o Advogado-Geral da União, José Eduardo Cardozo, fez a defesa da presidente Dilma hoje na Comissão da Câmara dos Deputados. Cardozo teve 25 minutos e insistiu que não houve julgamento para as manobras financeiras do ano passado e que não estão em discussão os casos de corrupção na gestão da petista, escancarados nas investigações da Operação Lava Jato e pediu que o presidente Eduardo Cunha (PMDB-RJ) oriente os parlamentares que a denúncia contra Dilma Rousseff está limitada aos créditos suplementares e às pedaladas fiscais em 2015. O presidente da comissão, Rogério Rosso (PSD-DF), reafirmou o conteúdo do relatório que não faz menção a outros casos senão os das “pedaladas”, mas afirmou que não seria possível excluir os fatos da consciência e do juízo dos parlamentares.
Voltou a falar que o impeachment é “golpe”: “Isso é golpe. Na ciência política, ruptura institucional feita à revelia das normas em vigor e sem mudança das classes é chamada golpe. Para que o povo entenda, isso é a destituição de uma presidente eleita pelo povo, é uma subtração do direito ao voto das pessoas”. Cardozo pediu ainda direito de se manifestar na sessão do próximo domingo, quando o relatório do deputado Jovair Arantes (PTB-GO) será votado. Cunha não respondeu ao pedido.
O Advogado-Geral voltou a criticar Eduardo Cunha, presidente da Casa, falando em “chantagem” e “vingança”, a culpar a crise internacional pelo não cumprimento das metas fiscais e apontar que a presidente Dilma Rousseff não é investigada na Lava Jato. “Onde está o dolo da presidente? Um crime de responsabilidade só se configura com má-fé. Mais de vinte órgãos se manifestaram que devia ser feito isso, inclusive a AGU, dizendo que era legal. Como o presidente, recebendo parecer, deixa de assinar quando vinte técnicos recomendam?”.
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