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O presidente Michel Temer concedeu hoje pela manhã entrevista ao Jornal da Manhã, da Rádio Jovem Pan. Ele reiterou seu “apoio pessoal” às investigações da Operação Lava Jato.
“Eu tenho muita convicção da importância de cada função do Estado. Aí eu questiono: o poder Executivo poderia interferir no Judiciário? Zero de chance. Pela nossa prática democrática, jamais permitiria que eu, ou alguém do governo, pudesse interferir nessa matéria”, disse.
Questionado sobre a afirmação do procurador-geral da República sobre fazer parte de um plano de articulação para o interrompimento da Lava Jato, Temer ponderou que Rodrigo Janot “faz esse raciocínio tendo em vista afirmações do senhor Sérgio Machado”.
Sobre os pedidos de prisão de aliados peemedebistas feitos por Rodrigo Janot e recusados pelo ministro do STF, Teori Zavascki, o presidente interino declarou que ambos exerceram seus papéis. “É muito delicado dar qualquer palpite. Mas na minha opinião, sob o ângulo pessoal, acho que o procurador-geral da República fez o papel dele. E o ministro Teori Zavascki também fez seu papel”, afirmou. Indagado sobre os vários pedidos de impeachment do procurador-geral da União, porque este estaria deixando de pedir medidas contra Lula e Dilma Rousseff, Temer diz que “não vale a pena”. “Renan já arquivou cinco pedidos. Esse é o sexto, que eu tenho a sensação de que não irá adiante”, finalizou.
Ainda mencionando a independência entre os poderes, o presidente interino falou sobre o caso da cassação e processos do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha, defendendo que cabe à Câmara solucionar seu caso com “a maior rapidez”.
Quanto ao possível envolvimento de ministros em investigações da Lava Jato, elogiou a atitude dos que saíram do governo após serem implicados pela PF, como Jucá e Henrique Eduardo Alves.
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