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terça-feira, 7 de julho de 2015

Oliver Stone: cineasta polêmico ou apenas idiota e hipócrita?

Oliver Stone com Chávez: a incível atração da esquerda caviar por tiranos

O cineasta Oliver Stone, uma espécie de precursor de Michael Moore, concedeu uma entrevista ao GLOBO de hoje, diretamente da Rússia, país que admira muito mais do que os Estados Unidos que lhe deram fortuna e liberdade. Mas a hipocrisia, aliada à estupidez, é assim mesmo: faz o sujeito cuspir no prato que comeu. E claro que, na entrevista, os Estados Unidos emergem como o grande Satã do mundo, responsável por tiranias, genocídios, imperialismo. É tanta bobagem que nem saberia por onde começar.

Stone compara a guerra do Vietnã com o Holocausto! Sim, é como se os americanos desejassem, com a guerra, exterminar um povo, não protegê-lo do comunismo. Quando os Estados Unidos finalmente se retiraram, o que aconteceu? Aí sim: o extermínio do próprio povo pelo líder comunista. No Camboja, onde os americanos preferiram não se meter, Pol-Pot teve paz e tranquilidade para eliminar um terço da população, sob os aplausos de “intelectuais” ocidentais do naipe de um Stone.

Esse antiamericanismo tosco é também oportunista: essa gente encheu o bolso de dinheiro destilando ódio aos Estados Unidos bem lá, gozando da liberdade que só os Estados Unidos oferecem, dos dólares que só seu capitalismo produz com tanta abundância, do consumismo burguês que só uma ampla classe média “culpada” poderia ter, a ponto de comprar essa porcaria toda como lazer.

Na entrevista, Stone reclama de Obama, pois esse não teria sido mais esquerdista. Uma decepção! O jornal chama Oliver Stone de “polêmico”, mas discordo. Polêmico é aquele que defende um ponto de vista que desvia do senso comum, mas ancorado em argumentos. Ele é polêmico por não temer remar contra a maré. Algo como alguém que defende o capitalismo no Brasil, ou os Republicanos em Hollywood. Stone não é polêmico. É apenas um idiota com um microfone. E claro: um grande hipócrita! Abaixo, o trecho em sua homenagem no meu Esquerda Caviar:

Oliver Stone

Oliver Stone é dos maiores ícones da esquerda caviar em Hollywood. Profundo admirador de Fidel Castro, que considera uma das pessoas mais sábias do mundo, o cineasta é das vozes mais virulentas contra a América e o que representa (ou representava) para o mundo.

Fosse por Stone e os Estados Unidos já seriam uma grande Cuba, com ele ao lado do ditador decidindo os rumos do povo inteiro, entre uma baforada e outra de charuto (ou de maconha, já que adora tanto a erva que saiu na capa de uma revista puxando um “baseado”).

Seu antiamericanismo e antissemitismo são tão patológicos que, em uma entrevista em 2010 para o Sunday Times, conseguiu minimizar até o Holocausto. Alegou que a fixação americana com a tragédia que aniquilou 6 milhões de judeus era meramente o resultado final de um “domínio judaico da mídia”.

Ainda na toada antissemita, encontrou-se com o então líder iraniano Ahmadinejad, aquele que pretende “varrer Israel do mapa”. Stone deu uma declaração que é marca registrada da esquerda caviar, ao tentar se sair como neutro quando já escolhera claramente um lado, o pior deles. Afirmou que o Irã não é “necessariamente” o mocinho, mas que nós não sabemos da história toda!

Para Stone, o 11 de Setembro consistira numa “revolta” dos muçulmanos, um grito de “dane-se seu sistema”. A forma trivial com a qual tratou o atentado, responsável pela perda de milhares de vidas americanas inocentes, faria com que até o progressista Christopher Hitchens perdesse a calma. Hitchens chamou Stone de idiota, o que, convenhamos, é até um elogio.

Esse radical comunista deu apoio ao “moderado” Obama. Declarou que gostava do presidente, e que, entre suas qualidades, estaria justamente a moderação, a tentativa de reformar o sistema. Isso vindo de alguém que considera Fidel Castro um grande líder! Melhor pensar duas vezes antes de defender Obama, caro leitor, pois suas companhias não serão das melhores.

Em 2009, Oliver Stone resolveu fazer um filme sobre Hugo Chávez. O socialista venezuelano, para o cineasta, era um líder “bravo”, que valorizava a liberdade de expressão. Isso dito enquanto o tiranete perseguia qualquer opositor de sua revolução bolivariana. Eis o compromisso com a verdade desses produtores de Hollywood engajados em suas ideologias retrógradas.

Quando Chávez morreu (ou melhor, quando sua morte foi oficialmente divulgada), Stone veio a público lamentar a perda desse grande “herói”, que lutava pela paz mundial (mas sempre apoiando Ahmadinejad?). Acrescentou que Chávez era odiado apenas pelas classes altas entrincheiradas no poder, ignorando que o próprio estava no comando do país havia mais de década, espalhando muita riqueza entre seus familiares e camaradas da elite corrupta, todos andando de carrões e levando vidas nababescas.

Circulam várias fotos nas redes sociais desse luxo todo, adorado pelos herdeiros do socialista Chávez. Não esperem, porém, que essas imagens apareçam em algum filme ou documentário do cineasta.

Por outro lado, podem contar com mais uma patética tentativa de reescrever a história. Oliver Stone, na nova série “The Untold Story of the United States”, tenta recontar a história americana dos anos 1930 em diante. Trata-se de uma peça de propaganda soviética escancarada, afirmando que Stálin era praticamente um pacificador, que estava junto com Roosevelt para derrotar os fascistas, que venceram juntos a Segunda Guerra, mas que os “fascistas” (os conservadores americanos) fabricaram a Guerra Fria e os Estados Unidos perderam assim a chance histórica de ser um país mais justo, igualitário e socialista. É mole? 

Rodrigo Constantino



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