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segunda-feira, 22 de junho de 2015

"O JARDIM DAS AFLIÇÕES", UM DOCUMENTÁRIO SOBRE OLAVO DE CARVALHO QUE SERÁ FILMADO NOS ESTADOS UNIDOS.

Matheus Bazzo, Olavo de Carvalho e Josias Teófilo.
“O Jardim das Aflições” é um documentário longa-metragem sobre a vida de Olavo de Carvalho que está em fase de produção. O idealizador e diretor do filme, que será gravado na Virgínia, Estados Unidos, é Josias Teófilo. O objetivo, segundo o cineasta, é captar o dia-a-dia, o trabalho, e um pouco da filosofia de Olavo. Teófilo destaca que se trata de uma produção livre de recursos do Estado, utilizando, para cobrir os custos, apenas o método crowdfunding (financiamento coletivo). (Conheça o site e saiba como você pode doar para a realização do filme)

Na entrevista a seguir, Josias Teófilo falou sobre o projeto, para o site Mídia Sem Máscara. Transcrevo a parte inicial da entrevista com link ao final para leitura completa:

Conte um pouco sobre sua carreira profissional e responda: que tipo de influência a obra de Olavo de Carvalho exerce sobre a sua vida?
Me graduei em Jornalismo no Recife, e depois fui para Brasília fazer mestrado em filosofia, focado na obra de Andrei Tarkovski, cineasta que admiro muito. Posteriormente, publiquei o livro “O cinema sonhado” que é um ensaio biográfico sobre o meu avô, Pedro Teófilo Batista, que também foi cineasta. Recentemente, resolvi fazer o filme sobre Olavo de Carvalho, que é uma figura que admiro muito e conheço desde 2009. Olavo usava a rede social Orkut e eu lia sempre o que ele escrevia. Algo absolutamente excepcional. Nunca conheci nenhum outro professor de filosofia que falasse tão bem e com tanta propriedade sobre arte, romance, história da arte, e até sobre cinema. Naturalmente é uma grande influência para mim e na minha concepção, Olavo é a figura mais relevante da intelectualidade brasileira atual.

De onde partiu o desejo de fazer um documentário sobre a vida do professor Olavo?
Eu noto que nenhum escritor brasileiro ainda vivo escreve obras como “O jardim das aflições” (que dá título ao filme), “O Imbecil coletivo”, “Aristóteles em nova perspectiva”, e “A nova era e a revolução cultural”. Esses livros são de uma profundidade e de uma elaboração que é coisa absolutamente única, não consigo relacionar obras desse porte com nenhuma outra da atualidade. Acredito que o último intelectual brasileiro tão completo como Olavo de Carvalho foi Gilberto Freyre, que morreu em 1987. Por esse fato, eu sentia necessidade de um filme sobre Olavo, algo que ainda não existe, o que é lamentável. Isso se explica porque o cinema documentário brasileiro tem uma tendência profundamente ideológica que vem sendo cada vez mais ressaltada nos últimos anos. Os documentaristas necessitam de recursos públicos. O governo, por sua vez, quer disseminar sua própria ideologia por meio desses filmes. Naturalmente, não me seria dado espaço para documentar Olavo. Além disso, muitas pessoas envolvidas com cinema não sabem quem ele é de fato. Tudo o que sabem é que ele é um polemista, porém, não sabem que ele é principalmente um intelectual e nunca tiveram contato com seus textos sobre cinema, arte e outras obras publicadas. As pessoas têm uma visão artificial. Esse caráter retórico do cinema documentário atual, tão presente em muitas produções recentes, é incompatível com o filme sobre uma figura tão sincera como Olavo de Carvalho.

Como está sendo o processo de produção do documentário?
Basicamente, não há espaço no Brasil para se fazer um documentário sobre Olavo com recursos públicos. Acho que nenhum edital no país iria aprovar um filme sobre ele, simplesmente por questões ideológicas e não por questões artísticas. Então, nem pensar fazer um filme com Lei Rouanet e editais públicos. Foi devido a isso que pensamos fazer um “crowdfunding”, que é um financiamento coletivo com os alunos e os muitos admiradores de Olavo no Facebook, rede na qual ele possui mais de 120 mil seguidores. Também não seria coerente fazer um filme sobre ele com recursos públicos quando ele jamais usou tais recursos, nem para estudar em universidades. Ele trabalhava e estudava de noite, e leu toda a história da filosofia. Nem aposentadoria ele foi buscar. Portanto, o pensamento de unir a ajuda governamental em um filme sobre Olavo simplesmente não combina. Por isso, nós pensamos no crowdfunding e já temos muitas colaborações. Visitamos a Virgínia, onde ele mora, eu, Wagner Carelli e Matheus Bazzo, assistente de direção que fez também o site e está encabeçando o projeto comigo. Na casa de Olavo fizemos o roteiro do filme.
Silvio Grimaldo, que trabalha com Olavo nos disse: “É impossível você fazer um documentário sobre Olavo de Carvalho sem ir visita-lo, porque ele é uma figura muito complexa, muito diferente”. Outro dia, um amigo meu que estuda filosofia veio me perguntar porque fazer um filme sobre Olavo. Esse meu amigo é meio de esquerda e dizia “com tantas outras pessoas mais relevantes e melhores professores de filosofia do que ele”. E eu respondi: “Imagine se você for fazer um filme sobre um professor de filosofia, o que você vai filmar? Ele indo para a faculdade, fazendo uma reunião de departamento, depois ele vai para sua casa e senta na sua biblioteca lendo seus livros? Isso simplesmente não dá cinema”. Olavo é muito mais relevante do que todas as outras figuras, não só porque sua obra é melhor que as outras, mas ele em si é muito mais interessante. Ele está em sua casa, colecionando seus rifles, e debatendo sobre o Brasil na internet com toda sua inteligência e erudição. Viaja para caçar, vai ao conclave de Washington. Isso sim é interessante e dá cinema. Clique AQUI para continuar lendo


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