No post anterior, escrevo que os petistas, nos restaurantes, não conseguem ir além do couvert sem que haja uma minirrevolta no salão. Já tratei do assunto e volto a ele. Nesse fim de semana, o ex-ministro Guido Mantega (Fazenda) voltou a ser hostilizado. Está acontecendo isso com todo figurão petista.
Dá para entender o fenômeno? É claro que dá. Os petistas são os grandes responsáveis por esse clima. Há dias, o prefeito Fernando Haddad classificou seus críticos de “coxinha”. Lula, o boquirroto, segue firme com o discurso vigarista do “nós” contra “eles”. As resoluções do PT tacham de golpistas os críticos do governo. A companheirada agora decidiu criar uma Frente de Esquerda para combater a suposta “onda conservadora” no país — a expressão já chegou à imprensa.
Ou por outra: o PT investe no acirramento dos ânimos, em vez de fazer o contrário.
Embora eu seja um dos alvos preferenciais dos petralhas, vou insistir aqui num ponto de vista: deixem Guido Mantega e os demais petistas de lado em restaurantes, hospitais etc. Esse acirramento de ânimos não conduz a nada de bom, e, definitivamente, não é uma trilha que se deva seguir.
Sei, como veem, a origem disso tudo e avalio que os petistas são os primeiros a tratar seus adversários como párias. Se tivessem conseguido seu intento, é bem possível que estivessem indo muito além de hostilizar adversários em locais públicos: talvez eles os estivessem mandando para a cadeia. Então é preciso lembrar que nós rejeitamos o modo que eles têm de fazer as coisas.
Quebraram o país? Quebraram. Levaram à Petrobras à lona? Levaram. Trataram o dinheiro público como se fosse assunto privado? Trataram. Adeririam a práticas de corrupção em proporções inéditas? Aderiram. Atrasaram em pelo menos duas décadas o desenvolvimento do Brasil? Sim.
Então como reagir? Do ponto de vista político, não votando mais neles. Do ponto de vista legal, levando-os a responder por seus crimes. A execração pública é dispensável.
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