Por Rubens Valente, na Folha:
A CGU (Controladoria-Geral da União) identificou 19 falhas consideradas graves e médias em 39 contratos celebrados de 2006 a 2013 entre órgãos do governo federal e a principal empresa controlada por Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, o Bené. A Gráfica Brasil assinou, entre 2006 e 2015, contratos que somam R$ 465 milhões com diversos ministérios, segundo a Polícia Federal. Antes de 2006 e até 1998, o faturamento total da gráfica foi de R$ 975 mil. Outra empresa de Bené fechou R$ 65 milhões em contratos com a União. Empresário de Brasília ligado ao PT, Bené prestou serviços à campanha do governador petista Fernando Pimentel (MG) em 2014.
Bené foi preso pela Polícia Federal e libertado após fiança na última sexta (29) na Operação Acrônimo, sob suspeitas de lavagem de dinheiro e associação criminosa. Os documentos da CGU integram o inquérito aberto em outubro pela PF, e presidido pelo delegado Guilherme Torres, para apurar a apreensão de R$ 113 mil em um avião que transportava Bené e mais duas pessoas, incluindo Marcier Trombiere Moreira, que trabalhou no Ministério das Cidades e na assessoria da campanha de Pimentel.
A CGU identificou sobrepreço, “falhas no projeto básico”, renovação contratual “indevida” e “irregularidades na comprovação de aplicação” de recursos de um fundo com dinheiro público. Em um dos casos, a CGU notificou o Ministério das Cidades sobre “irregularidades [e] impropriedades” em um contrato de R$ 9 milhões. Conforme a CGU, houve “adesão indevida” a uma ata de preços de outro ministério, o do Turismo, manobra que levou à contratação da gráfica.
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Três dias após a operação da Polícia Federal que prendeu um empresário ligado ao PT, o PSDB mineiro anunciou que pedirá à Procuradoria Regional Eleitoral que instaure inquérito para apurar o uso de um avião apreendido pela campanha do governador Fernando Pimentel.
Em nota divulgada nesta segunda (1º), o partido afirma que vai solicitar as rotas e a lista de passageiros em cada trecho feito pela aeronave durante o período eleitoral de 2014.
Isso seria feito, de acordo com os tucanos, por intimações às administradoras de hangares em Belo Horizonte, Confins (MG) e Brasília, além da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e da Infraero.
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