O presidente da Rússia, Vladimir Putin, ordenou o recuo dos 40 mil soldados que estavam fazendo treinamento militar perto da fronteira com a Ucrânia. Mais do que isso: pela primeira vez, expressou apoio às eleições ucranianas. Isso significa que as sanções impostas pelos Estados Unidos e pela União Europeia estão dando resultado? Eis uma daquelas situações em que a resposta é “sim” e “não”.
Ele já provocou o suficiente, e certamente o resultado agora passará a ser contraproducente. A lógica indica que não há razão para Putin querer ocupar o leste da Ucrânia, o que jamais seria reconhecido pela comunidade internacional. A Rússia seria eternamente vista como um país invasor. O presidente russo, durante todo esse tempo, cuidou apenas da sua reputação; de recuperar uma certa grandeza do “império russo”, que não existe mais.
Desde sempre, ele queria a Crimeia, de quem ninguém mais fala. Ponto! Ele já anexou um pedaço de outro país. O mundo até condescendeu porque sempre entendeu que a região, afinal, pertence à Rússia. O resto era só um arreganhar de dentes para demonstrar que ele está no jogo e dispõe de recursos para cutucar o Ocidente: no caso, o gás.
Como saldo, resta o quê? Que outro governante exerce hoje, em relação a seu povo, o papel que Putin desempenha na Rússia? Pensem, assim, num misto de líder populista, nacionalista, autoritário, popular e moralista… Eis Putin. Enquanto promovia desordem no Leste da Ucrânia, tomava medidas para tentar proibir o palavrão no país.
Pode ser que um dia aconteça, tomara!, mas o fato é que a Rússia nunca foi uma democracia. E não seria com Putin, um ex-agente da KGB, a polícia secreta dos comunistas, que chegaria lá.
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