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sábado, 22 de dezembro de 2018

CARTA DE NATAL


Por Maria Lucia Victor Barbosa (*)
Então, às vésperas desse Natal de 2018,  em vez de escrever a Papai Noel, como fazia quando era criança, resolvi redigir algo para Jesus. Nesta carta apresento-lhe minhas perplexidades existenciais:
Senhor, imersa no castigo do calor deste Natal aceito que sou um mistério. Nunca consigo me decifrar inteiramente. Os imprecisos limites de minha liberdade e a escravidão de minhas circunstâncias, jamais irradiam claridade suficiente para serem enxergados com precisão e contornados com pleno êxito. Sinta, pois, Jesus, como sou humana.
Em matéria de sentimentos tenho certezas fulgurantes, mas esbarro em sentimentos alheios e presencio mistérios mais densos que os meus. Na impossibilidade de transpor o abismo dos outros corro sempre o risco de me tornar uma colecionadora de perdas, de me perder nas veredas do inatingível, nas teias da ilusão. Sempre esbarro na liberdade dos que me cercam e que parece mais ampla do que a minha.
Prosseguindo, descubro o quanto caminho sobre terrenos escorregadios, sobre áreas pantanosas. Deste modo, inúmeras vezes padeço da superficialidade do viver onde habitam os pré-julgamentos, os erros sem volta, os sofrimentos inúteis. E nesse aspecto, Mestre, recordo as palavras do seu amigo Paulo: “Não faço o bem que quero, mas o mal que não quero”.
No árduo, franco e humilde exercício de pensar, reflito sobre o sentido de minha existência. Indago até que ponto posso alcançar o objetivo máximo de todo ser humano: a felicidade, compreendida como sensação de bem-estar e plenitude conquistada em determinado momento, mas não consigo respostas convincentes. Mesmo porquê, meus desejos sempre esbarram em vontades alheias e sempre uns levarão vantagens sobre outros, o que faz surgir os derrotados e os vitoriosos. Já perdi várias vezes, Jesus, várias vezes.
Diante dessa realidade, como fica o controle sobre meus propósitos e necessidades? Como poderei me autodeterminar para encontrar os verdadeiros limites de minha liberdade? Talvez, o único jeito de trilhar as superfícies inescrutáveis do destino ou enfrentar as ciladas do acaso, seja tentar construir pontes entre mim e os outros. Talvez, falte ao Natal esse ato de construção, de engenharia humana que ficou perdido em alguma curva do tempo e que precisaria ser resgatado. Não acha, Jesus, que pelo menos nesse ponto eu tenho razão? Feliz aniversário, Senhor.
(*) Maria Lucia Victor Barbosa é socióloga, escritora e ilustre colaboradora deste blog. Normalmente produz análises políticas e sociológicas. Desta feita não deixou passar em branco a Data Magna da Cultura Ocidental que assinala o nascimento de Jesus Cristo.
Sim, este é o sentido do Natal que é, portanto, a data magna da cristandade e que há mais de 2 mil anos vem sendo comemorada. Vale a pena assinalar com destaque esta data haja vista à existência de campanha insistente por meio da famigerada mainstream media no mundo inteiro, e não é de agora, no sentido de detonar a matriz judaico-cristã que deu vida à Civilização Ocidental. Por isso tratam de dissolver o sentido do Natal.
Por isso é muito importante destacar esta data que é essencialmente a maior festa religiosa do universo já que extrapola os limites do Mundo Ocidental. Não é à toa portanto que todas as formas de totalitarismo tentam apagar do nosso calendário a data consagrada à comemoração do nascimento de Jesus Cristo.
Portanto, o meu agradecimento à Socióloga Maria Lucia Victor Barbosa por sua colaboração generosa a este blog e, sobretudo, pela lembrança de registrar a  efeméride mais importante do nosso Mundo Ocidental num texto sintético porém grandioso em conteúdo.
Feliz Natal a você Maria Lucia e a todos os estimados leitores do blog.


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