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Uma autoridade do Hamas disse nesta quarta-feira que membros do grupo militante sequestraram os três adolescentes israelenses cujas mortes em junho provocaram uma espiral de violência que levou à atual guerra em Gaza, na primeira vez que o movimento islâmico reconheceu envolvimento no caso. Em uma conferência em Istambul, Saleh al-Arouri, autoridade do Hamas na Cisjordânia que vive exilado na Turquia, confirmou as acusações israelenses de que o grupo militante islâmico foi responsável pele sequestro dos adolescentes.
“Houve muita especulação sobre esta operação, alguns disseram que era uma conspiração”, disse al-Arouri a delegados durante reunião da União Internacional de Acadêmicos Islâmicos, na quarta-feira, segundo gravação divulgada pelos organizadores. “A vontade popular foi exercida em toda a nossa terra ocupada, e culminou na operação heroica das Brigadas Al-Qassam em aprisionar os três colonos em Hebron”, disse, referindo-se o braço armado do Hamas. Até então autoridades do Hamas se recusavam a confirmar ou negavam envolvimento.
Vingança
As Brigadas Al-Qassam prometeram nesta quinta-feira vingar a morte de três de seus comandantes, atingidos nesta madrugada por disparos da aviação de guerra israelense contra um edifício da cidade de Rafah, no sul de Gaza. Em um comunicado divulgado na internet, a milícia palestina disse que Israel “pagará um enorme preço pelo assassinato” de Muhamad Abu Shamala, Raed al-Attar, Mohamad Barhum e outras cinco pessoas.
A ação foi confirmada nesta manhã pelo exército israelense e comemorada pelo primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, que parabenizou o serviço secreto – Shin Bet – e as Forças Armadas. O chefe de governo disse que a ofensiva contra o território prosseguirá “até que Israel alcance seus objetivos de segurança”. A operação já deixou cerca de 2.050 palestinos e 67 israelenses mortos.
Os três comandantes morreram após a aviação de guerra israelense disparar cinco mísseis sobre uma casa na cidade de Rafah, vizinha à fronteira com o Egito, na qual os líderes do Hamas descansavam. Mohamed Abu Shamala e Raed al-Attar eram alvos prioritários de Israel, especialmente o primeiro, que de acordo com o serviço de inteligência participou da captura em 2006 do soldado israelense Gilad Shalit, que permaneceu cinco anos em poder das milícias palestinas até ser libertado em uma troca com prisioneiros.
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