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quarta-feira, 30 de abril de 2014

Dilma está falando é com o PT. Ou: Será que a presidenta inteligenta leu Marx ou Santo Tomás de Aquino?

Pois é… A presidente Dilma Rousseff afirmou na Bahia, vejam post abaixo, que será candidata com ou sem apoio dos aliados. E resolveu dar uma filosofada, que é sempre a hora que mais temo, em que meu coração verdadeiramente dispara, e meu cérebro entra em ebulição porque sei que virá algo grande. Referindo-se a membros da base aliada que não a querem candidata, afirmou: “Sempre, por trás de todas as coisas, existem outras explicações”.


Pô, que presidenta inteligenta! Talvez esteja citando Karl Marx — consta que ela ate deu aulas sobre marxismo na juventude; Jesus! —, segundo quem, se a aparência das coisas coincidisse com a essência, a ciência seria inútil. Mas vejam aonde isso nos leva, e posso imaginar os tumultos de pensamento da governanta. O raciocínio em busca das causas não tem fim. Ou tem: Dilma deve ter chegado a Santo Tomas de Aquino e a uma das provas da existência de Deus, que é, como definiu o grande pensador, a causa não causada das causas.


Mas pode ser também que não estivesse penando em imanências e só na forma como o governo costuma alimentar a base aliada: com cargos, não é mesmo? Ou seja: por trás de todo apoio, sempre há dinheiro público. Isso não é nem Marx nem Santo Tomás. É só o jeito de o PT governar.


Agora vamos pensar no conteúdo político da fala, para além da filosofada presidencial. Ao afirmar que será candidata com ou sem o apoio da base aliada, Dilma não está enviando um recado aos outros partidos, não, mas aos petistas mesmo! Está é falando com a turma da sua legenda que está engajada no chamado “Volta, Lula!”


É evidente que, ao fazê-lo, emite um sinal óbvio de fragilidade. Ninguém faz uma afirmação nesse tom, com sotaque entre o heroico e o sacrificial, se está bem na fita, não é?, se está forte, segura, certa da vitória. Até porque isso fria dela uma candidata invulnerável — e certamente não haveria risco de deserções, como há agora.


Que fique claro: a presidente tem se ressentido é da falta de entusiasmo dos próprios petistas, o que levou Gilberto Carvalho, secretário-Geral da Presidência, nesta terça, a usar uma entrevista para convocar os próprios companheiros a fazer a defesa de Dilma. A coisa está feia. Quem diz que será candidata com ou sem o apoio da base aliada não será candidata sem o apoio da base aliada. e ponto!







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