O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, respondeu, nesta sexta-feira, às declarações dadas ontem à noite pelo ex-presidente Lula, que se disse vítima de um “pacto diabólico” e sobre a qual já escrevi mais cedo. Num primeiro momento, o chefe do Ministério Público Federal defendeu o direito de qualquer cidadão “externar suas críticas”. Depois, com ironia, Janot afirmou o seguinte: “O que eu posso dizer é que eu não sou religioso”.
Na conversa com jornalistas, o procurador-geral também disse estar preocupado com propostas que tramitam no Congresso e que, segundo ele, podem acabar prejudicando o andamento da Lava Jato. Ele se refere às mudanças que o relator deputado Ônix Lorenzoni (DEM-RS) fez às famosas “10 medidas contra corrupção”. Já falei que adoraria saber como essas propostas prejudicam a operação, porque não entendo essa conversa tão recorrente. Janot comparou a situação brasileira à da Itália, onde a operação Mãos Limpas sofreu uma “reação dos centros de poder político ou econômico”, que buscaram a “autopreservação”. O procurador falou ainda sobre a lei que pune o abuso de autoridade. Segundo ele, a atual, de 1965, em pleno período militar, precisa, sim, ser atualizada, mas não por esse texto que tramita hoje no Senado.
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