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quinta-feira, 12 de maio de 2016

Um cretino chamado “Gabriel Souza”, que recebe salário mixuruca para desqualificar quem sabe mais do que ele

Um tal Gabriel Souza, de que nunca tinha ouvido falar, escreve sobre televisão numa página chamada “nTV”, que fica hospedada no UOL. É um desses cretinos que fazem seu nome mixuruca atacando gente bem mais capaz do que ele.

Ao longo da madrugada, na RedeTV, fizemos, durante um bom tempo, a cobertura ao vivo da votação no Senado, num especial da RedeTV! News. Compus a bancada ao lado de Amanda Klein e Sérgio Cursino.

Apelei, e fui eu a fazê-lo, sem combinação prévia com os colegas, ao humor aqui e ali. Sem jamais perder o rigor técnico. Ao longo da cobertura, foi citado o conteúdo:
– do Artigo 80 da Constituição:
– do Artigo 85 da Constituição;
– do Artigo 86 da Constituição;
– do Arrigo 136 da Constituição;
– do Artigo 137 da Constituição;
– do Artigo 11 da Lei 1.079;
– da decisão do Ministro Teori Zavascki;
– do Regimento Interno da Câmara.

Didaticamente, expuseram-se as diferenças entre crime comum e crime de responsabilidade; destacaram-se os relevos da dupla face do impeachment (jurídica e política); detalhou-se a falácia da tese do golpe. E, no que me diz respeito, eu o fiz com humor. Uma hora ou outra, Amanda e Sérgio entraram na brincadeira, com comedimento.

O Gabriel não viu nada disso porque é um desses ratos de Internet que vão pescando fragmentos que esse ou aquele mandam pra ele nas redes sociais. Escreveu um texto afirmando que a cobertura foi “carnavalizada”. Muito bem: esse bobalhão quer debater a sério esses e outros artigos da Constituição? Outros documentos legais que sejam de sua predileção? Pois não, rapaz!

Já enfrentei estúpidos dessa espécie. Antes de o programa “Os Pingos nos Is”, da Jovem Pan, ser o maior fenômeno do rádio brasileiro em muitos anos, desocupados atacavam o programa e anteviam a sua curta duração.

Sim, eu fiz um coraçãozinho no ar quando uma senadora, de madrugada, deu um voto de apenas dois minutos — isso num dia em que todos os parlamentares faziam questão de falar 15 minutos. Era até uma homenagem a colegas jornalistas que atravessaram a madrugada no Senado, numa jornada cruel. Se os políticos podiam sair para dar uma descansada, não os professionais de imprensa.

Sim, eu saí da bancada duas vezes pra fumar. E contei isso aos telespectadores. Brinquei que havia colchões espalhados na redação. Saí da RedeTV! às 3h30 da manhã, e muitos profissionais ficaram lá, trabalhando. Quando um petista qualquer comentou que Dilma estava sendo vitima de preconceito porque mulher, desqualifiquei a crítica e, argumentando, afirmei que não era “feminista”, mas “mulherista”. E emendei: “Tanto é que sou casado com mulher, alguns podem desconfiar…” Brincava com o machismo renitente no Brasil, que busca desqualificar adversários pondo em dúvida sua sexualidade. Gabriel achou isso tão importante que puxou para o título de seu texto vagabundo. E o fiz num quadro, reitero, em que uma mulher está sendo deposta e em que se diz que jamais fariam isso com um homem, embora o primeiro presidente a sofrer impeachment no país seja… um homem.

Nada disso alterou o rigor técnico dos repórteres que fizeram intervenções de Brasília, dos meus colegas de bancada e meu próprio. E os argumentos estão aí. Vou ver se a RedeTV! prepara um vídeo do conjunto para manter neste blog.

Gabriel Souza é um imbecil. Ele não assistiu à cobertura. Está escrevendo com os rebotalhos que lhe mandam. Eu o convido para um debate sobre as questões técnicas que abordei no programa. E, como sabem meu colegas, sem colinha, porque não preciso disso.

Esses tontos não me intimidaram antes e não vão me intimidar agora. Continuarei a fazer TV e rádio ancorado no rigor técnico, sem abrir mão do humor e sem esconder de ouvintes e telespectadores que aquele que fala não é uma máquina de produzir verdades e sentenças, mas um humano falível, que, de vez em quando, se levanta para fumar ou ir ao banheiro.

Sim, eu brinquei com Renan Calheiros, depois de ter permanecido tantas horas sentado, sem arredar pé do comando da Mesa: “A próstata deve estar boa”.

Humor? Humor, sim! Acho que a política tem de ser humanizada, mesmo sendo, tantas vezes, uma prática desumana.

E Gabriel Souza deveria achar um jeito mais digno de ganhar o seu salário mixuruca.

E aí, petralha? Feliz com o sucesso? Se preciso, posso fazer mais para a sua fama.



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