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quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Dilma e os direitos trabalhistas: como confundir o distinto público

Às vezes, dá aquela coceirinha, aquela vontade de fazer campanha, só para desmontar certos discursos à boca da urna. Nesta quarta, em São Paulo, indagada por um empresário se mudaria as leis trabalhistas, Dilma reagiu naquele seu estilo que, os mais antigos vão concordar, lembra João Figueiredo, o último presidente do regime militar.


Respondeu a presidente-candidata: “Se essas mudanças precisam ser feitas para garantir que todas as alterações sejam absorvidas, eu acredito que sim. Agora vamos ter clareza disso: 13º, férias e horas-extras, [não se muda] nem que a vaca tussa”.


Então tá. Daqui a pouco, o PT começará a atribuir a Marina a intenção de extinguir essas garantias, como já fez antes com Aécio.


E como desconstruir essa fala meio malandra? Ora, esses são os únicos “direitos trabalhistas”? Há outros! E a multa de 40% sobre o saldo do FGTS, por exemplo, que as empresas são obrigadas a pagar no caso de demissão imotivada? Dilma aceita extinguir?


Nesta terça, Marina se encontrou com empreendedores e falou que é preciso rever as leis trabalhistas, destacando — ela sabe onde pisa — que é preciso que se preservem os direitos que existem hoje.


Olhem aqui: Dilma, para não variar, com o seu “estilo Figueiredo”, está criando obscurantismo. Quando se fala em rever a CLT, o que se quer é pôr sob o abrigo da lei — de alguma lei — atividades profissionais que não têm como estar cobertas pela atual legislação.


Tome-se o caso, por exemplo, das múltiplas atividades profissionais que surgiram com o advento da Internet. Será que se encaixam no arcabouço legal vigente? A resposta é “não”. Atividades de caráter intelectual as mais diversas podem ser exercidas sem os vínculos empregatícios previstos na CLT. Não se trata, assim, de, como dizem sindicalistas, “precarizar” as condições de trabalho, mas de formalizá-las segundo as necessidades do mundo moderno.


Ocorre que os pterodáctilos do sindicalismo impedem que se faça um debate honesto a respeito. A fala de Dilma só colabora para criar a confusão, já que ninguém está sugerindo, que se saiba, extinguir 13º, férias ou horas-extras”.







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