Conforme o previsto desde as priscas eras neste blog, Luiz Fernando Pezão, do PMDB, será reeleito — ou eleito, já que era vice de Sérgio Cabral — governador do Rio. Assim será a estarem certos os números do Ibope. Se a eleição fosse hoje, ele teria 29% dos votos, contra 26% de Anthony Garotinho, do PR. Marcelo Crivella, do PRB, tem 17%. Lindberg Faria, do PT, está com 8%. Os demais candidatos somam 3%. Brancos e nulos são 10%, e não sabem ou não responderam 7%. O Ibope ouviu 2.002 eleitores entre os dias 20 e 22 de setembro. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. A pesquisa está registrada no TSE sob o nº BR-749/2014.
O Ibope também fez simulações de segundo turno. Pezão venceria Garotinho por 43% a 33% e bateria Crivella por 41% a 33%. Se os candidatos do PRB e do PR se enfrentassem, hipótese improvável, o resultado ficaria na margem de erro, mas com o primeiro numericamente à frente: 36% a 34%.
Há vários elementos interessantes a destacar na eleição do Rio. O primeiro é o mico impressionante da candidatura do petista Lindberg Farias, que pretendia ser o furacão da renovação no Estado. Nunca conseguiu empolgar, nem quando Garotinho liderava as pesquisas. O segundo remete à rejeição do candidato do PR: não há adversário melhor do que ele no segundo turno: 39% afirmam que não votariam nele de jeito nenhum. O petista é o segundo mais rejeitado, com 18%,, seguido por Pezão, com 16%. Vale dizer: enquanto o ex-governador insistir em voltar ao cargo, fará a alegria dos adversários.
O terceiro aspecto, chamei a atenção aqui outro dia, remete ao espírito de junho de 2013. Cadê? O candidato mais à esquerda é Lindberg: tem apenas 10%. O sempre saliente PSOL do Rio — que comanda o sindicato de professores e costuma desfilar junto com black blocs — obtém 2%, com o candidato Tarcísio Motta. Dayse Oliveira, do PSTU, tem 1%. Juntas, as esquerdas do Rio somam 11%. Devem morar todos na Zona Sul, de frente para o mar — socialismo bom é assim, na Vieira Souto.
Lamentável mesmo é a escolha do povo fluminense para o Senado. O ex-jogador Romário, do PSB, deve ser eleito. Teria hoje 44% dos votos, seguido por César Maia, do DEM, com 21%. Quem sabe, na condição de senador, em que se espera um pouco mais de vetustez, o boleiro dê um pouco de paz a seus vizinhos.
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