Então… Saiu a mais recente pesquisa Ibope para o governo de São Paulo. Antes que eu trate dos números, confesso que, ao pensar nos candidatos do PT e do PMDB, respectivamente Alexandre Padilha e Paulo Skaf, veio-me à mente uma música de Roberto Carlos, cujo título diz tudo: “Só me falta ficar nu pra chamar sua atenção”. Reproduzo a letra e peço que vocês imaginem os dois candidatos a entoar a letra para os eleitores de São Paulo:
Todas as vezes que você passa e nem me vê
Fico pensando no que eu faria pra ter você
Fico pensando milhões de coisas
Qualquer loucura pra ter você
E os dias passam correndo, vou acabar te perdendo
Preciso dar um jeito de chamar sua atenção
O meu melhor sorriso eu dei, você não viu
Gritei seu nome mas nem assim você me ouviu
Por mais que eu faça não adianta
Você nem nota minha existência
E os dias passam correndo, vou acabar te perdendo
Preciso dar um jeito de chamar sua atenção
O meu melhor sorriso eu dei, você não viu
Gritei seu nome mas nem assim você me ouviu
Por mais que eu faça não adianta
Você nem nota minha existência
E os dias passam correndo, vou acabar te perdendo
E os dias passam correndo, vou acabar te perdendo
Só me falta ficar nu pra chamar sua atenção
Sabem como é esse negócio de ficar nu e chamar a atenção, né? O objeto da apreciação crítica pode fazer a sua reputação ou cair em desgraça… A dupla tentou de tudo. Skaf já recorreu ao lepo-lepo e falou que é preciso governar com tesão. Padilha prometeu um paraíso cheio de maçãs e Evas, mas sem cobra. Poucos caíram na conversa.
Aos fatos. Se a eleição fosse hoje, segundo o Ibope, o governador Geraldo Alckmin seria reeleito no primeiro turno com 49% dos votos. Em segundo, está Paulo Skaf, do PMDB, com 17%, seguido por Padilha, com 8%. Os demais candidatos somam 1%. Os brancos e nulos somam 12%, e 11% dizem não saber em quem votar. Ainda que Alckmin se reeleja no primeiro, tudo o mais constante, o instituto fez uma simulação de segundo turno: o tucano venceria o peemedebista com 30 pontos de vantagem: 54% a 24%. Padilha segue líder isolado da rejeição, com 23%, seguido por Alckmin, com 16%, e Skaf, com 13%.
O governo Alckmin segue com uma aprovação alta. Nada menos de 45% dos paulistas consideram a sua gestão ótima (9%) ou boa (36%). Dizem que é regular 32% dos ouvidos. Só 19% dizem ser ruim (10%) ou péssima (9%).
Tudo o mais constante, os petistas vão amargar em São Paulo uma de suas piores derrotas — que só poderá ser superada, se acontecer, pelo desastre Dilma. Alexandre Padilha, em São Paulo, e Lindberg Farias, no Rio, eram duas das grandes apostas de Lula. Os dois estão naufragando espetacularmente.
No caso de Padilha, diga-se, algo me diz que, a partir desta terça, ele passará a se preocupar mais com a delação premiada de Alberto Youssef, caso se confirme mesmo, do que com a eleição em São Paulo.
E por último: essa história de que Skaf deveria ter se colado a Dilma, convenham, é besteira. Ainda que a campanha do homem do lepo-lepo e do “faço e aconteço” seja um tanto desastrada, não seria Dilma que o colocaria num bom lugar. Não em São Paulo.
PS: Já que as ciclofaixas contam com o apoio de 80% dos paulistanos (afinal, ninguém é contra o bem), sugiro a Padilha que comece a passear nas faixas exclusivas em companhia de Haddad. Mas é bom tomar cuidado com aquilo a que o PT, um dia, já chamou… “povo”. Vai que sejam reconhecidos…
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