O oportunismo de Fernando Haddad (PT), prefeito de São Paulo e candidato à reeleição chega a ser asqueroso. E, ora vejam!, ele evoca o testemunho de jornalistas numa de suas falsetas. E isso, claro, diz bastante do tipo de jornalismo que se anda praticando.
A Folha desta quarta informa que o petista, por meio da Secretaria Municipal de Direitos Humanos — que estava até outro dia Eduardo Suplicy, agora candidato a vereador —, pedirá ao Ministério Público que tome providências em relação aos supostos abusos cometidos pela Polícia Militar no protesto anti-Temer do último domingo.
A administração Haddad incluirá fotos e vídeos na petição, além dos relatos de pessoas que participaram do ato. Nos últimos dias, o petista vem concedendo entrevistas favoráveis aos ditos manifestantes e contrárias à atuação da PM.
Haddad, por exemplo, declarou, na segunda-feira passada, que a corporação teve um comportamento “repressivo” sem necessidade, uma vez que os jovens teriam seguido “rigorosamente” o combinado com as autoridades. Segundo o prefeito, basta conversar com os jornalistas que estiveram no ato para constatar que o protesto foi pacífico, e a PM exagerou. Na avaliação de Haddad, a posição dos jornalistas deve ser levada conta, pois “eles não tomam partido”.
Em primeiro lugar, o juízo é falso. Tomam partido, sim! A favor dos manifestantes, especialmente agora que protestam contra o governo Temer.
Em segundo lugar, lembro que este mesmo Haddad, nos idos de 2013, criticava a violência dos black blocs. Naquele caso, afinal, a Prefeitura era dum dos alvos das manifestações.
O prefeito está tentando ganhar alguns votinhos. Mas acho que será malsucedido. Ignoro, enquanto escrevo, a existência de uma pesquisa ampla. Mas suponho que a esmagadora maioria da população responsabiliza pelos confrontos aqueles que são, afinal, os responsáveis: os baderneiros.
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