Pois é… Consta que Renan Calheiros (PMDB-AL) e Eduardo Cunha (PMDB-RJ), respectivamente presidentes do Senado e da Câmara, integram a “Lista de Janot”. Os dois teriam sido avisados pelo comando do seu partido. Por quem? Não se sabe. Rodrigo Janot, o procurador-geral, se encontrou tanto com o petista José Eduardo Martins Cardozo, ministro da Justiça, como com Michel Temer, vice-presidente da República e comandante inconteste da legenda. A dupla estaria furiosa.
A ser verdade, começa a se revelar bem cedo o efeito deletério da decisão de Janot de apenas pedir aberturas de inquérito. Eu não sei, e ninguém sabe, o que fala exatamente de cada um. Mas isso fará pouca diferença. Delitos grave e amenos, culpa e dolo, erro e má-fé, tudo ficará no mesmo saco de gatos. Se houver apenas inquéritos, sem denúncia, como saber o que é cítara e o que é flauta?
É claro que os petistas torcem para ver uma lista recheada de tucanos. Mas o que passaram mesmo a comemorar é a possível inclusão de Cunha e de Renan. Acreditam que o ânimo oposicionista de um e meio independentista do outro serão refreados.
Como esse governo faz tudo errado, as conversas que José Eduardo Martins Cardozo manteve com Janot acabaram vindo a público. E é grande a suspeita de que se fez um arranjo, digamos, multitudinário. Verdade ou mentira, não era a plateia que estava fora do lugar, mas os protagonistas.
Em breve, tudo indica, Dilma vai tentar reunir forças para comemorar secretamente a lista de Janot. Pode até lhe proporcionar algum alívio junto à opinião pública, mas a crise política, como se nota, vai se acirrar ainda mais.
from Reinaldo Azevedo - Blog - VEJA.com http://ift.tt/1Ne03Rl
via IFTTT
Nenhum comentário:
Postar um comentário