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segunda-feira, 14 de julho de 2014

Os despudorados: Dilma e 15 ministros convocam coletiva para demonizar a imprensa. E, para isso, usam a… imprensa!

Não adianta! Eles não aprendem nada nem esquecem nada. Se faltava alguma evidência de que havia um gigantesco esquema de marketing preparado para esmagar a oposição caso o Brasil vencesse a Copa do Mundo, agora não há mais. Mesmo com a derrota humilhante, Dilma Rousseff passou o ridículo, nesta segunda-feira, de convocar uma entrevista coletiva, acompanhada de 15 ministros, com um único propósito: demonizar a imprensa. Boa, claro!, é a Al Jazeera, a emissora do tirano do Catar. Para esta, a presidente diz o que bem entender. E ninguém contesta. Se bem que não foi contestada por aqui também, mesmo sem tiranos… O objetivo da entrevista era demonstrar que “o Brasil perdeu a taça, mas ganhou a Copa”, como resumiu Aloizio Mercadante, ministro-chefe da Casa Civil.


Afirmou a presidente: “Os vaticínios, os prognósticos que se faziam sobre a Copa eram dos mais terríveis possíveis. Começava com o ‘não vai ter Copa’ até ‘nós teremos a Copa do caos’. O estádio do Maracanã, que ontem foi palco de um evento belíssimo, ia ficar pronto só em 2038, ou 2024. Enfim, não ficaria pronto nunca” . Vamos ver.


Quem, com um mínimo de seriedade, afirmava o “Não vai ter Copa”? A imprensa? Não! A oposição? Não! Isso era coisa de grupelhos radicalizados de extrema-esquerda com os quais, diga-se, Gilberto Carvalho estava negociando, conforme confessou em entrevista.


Mercadante resolveu fazer uma alusão à revista VEJA e à Folha: “A revista de maior tiragem do Brasil fez uma manchete: ’2038: por critérios matemáticos, os estádios da Copa não ficarão prontos a tempo’. Tinha uma foto do Maracanã, que vocês viram na final da Copa, a beleza não só daquela arena, mas também de todas as outras arenas que foram apresentadas. O jornal de maior tiragem do país, no dia de abertura da Copa, tinha a seguinte manchete: ‘Copa começa hoje com seleção em alta e organização em xeque .


É evidente que Mercadante está se referindo à VEJA e à Folha, que apenas cumpriram a sua função. Não me lembro de a aquela formulação ter sido “manchete” da revista. Ainda que seja verdade (verifico depois), as obras estavam atrasadas mesmo. E é mais do que legítimo — na verdade, é uma obrigação — fazer a advertência. Por que o ministro não bate boca também com a Fifa, que, mais de uma vez, demonstrou irritação com o ritmo das obras?


Mais: Mercadante estudou economia, é isso? Deve ter passado por rudimentos de matemática, ao menos. Considerando as obras de mobilidade que não foram e não serão feitas, o prazo para a realização das obras de multiplicou ao infinito, senhor ministro. Deu pra entender ou quer que eu desenhe?


A mais indigna das falas, e isso não me surpreende, ficou com José Eduardo Cardozo, ministro da Justiça. Referindo-se sabe-se lá a quais governadores, afirmou: “Há ainda hoje quem acredite que o governo federal deve passar recursos para os Estados fazerem a política da segurança pública”. Por que ele não diz quem pediu — e, pelo visto, não recebeu — recursos? Falo do que vi de perto: em São Paulo, enquanto a Polícia se organizava para combater a baderna nas ruas, Gilberto Carvalho negociava, conforme confessou, com criminosos.


Eis aí. Provado está. Com a derrota acachapante, Dilma convoca uma entrevista coletiva com 15 ministros. Imaginem se o Brasil vence a Copa… Dilma tentaria mandar para o degredo os “inimigos da pátria”…







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