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sexta-feira, 20 de junho de 2014

Presidente da Colômbia afirma que governo brasileiro teve papel “muito construtivo” na negociação com guerrilheiros. Qual?


Deu na Folha:


O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, afirmou nesta quinta-feira (19) que o Brasil teve um papel “muito produtivo” e “construtivo” no diálogo entre seu governo e o ELN (Exército de Libertação Nacional). Segundo ele, o país “ajudou muito desde o princípio”.


Santos foi reeleito em segundo turno no último domingo, após ter ficado atrás de Oscar Iván Zuluaga na primeira votação. Candidato de seu ex-aliado e atual desafeto, Álvaro Uribe, Zuluaga defendia a interrupção das negociações com as Farc. Santos usou a abertura das conversas com a ELN como trunfo na disputa.


“Não tenho palavras para agradecer o Brasil por seu papel e sua ajuda nesse processo, que caminha na direção correta”, disse Santos, após encontro na manhã de hoje com a presidente Dilma Rousseff, no Palácio da Alvorada.


Na semana passada, o governo da Colômbia anunciou que está em processo de conversa, desde janeiro, com o ELN, segunda maior guerrilha do país. Em comunicado conjunto, o Brasil foi um dos países citados por sua “boa vontade e compromisso” nesse tema.


“Nós temos acordos de confidencialidade com o ELN para não divulgar detalhes, e por isso, me perdoem por não dar detalhes. Mas o que posso dizer é que o Brasil [teve um papel] muito construtivo”, disse Santos.


Não pode divulgar detalhes por acordo de confidencialidade? Só posso dizer uma coisa: sacanagem! Nós queremos saber que papel “construtivo” foi esse do governo brasileiro. Teria alguma ligação com a proximidade ideológica do PT com o ELN? Teria algum elo com o fato de ambos, PT e ELN, participarem do Foro de São Paulo?


O Exército de Libertação Nacional da Colômbia, afinal, é uma organização guerrilheira de inspiração comunista, inspirada principalmente na revolução cubana, a mesma que até hoje recebe elogios e afagos do PT, incluindo a presidente Dilma.


O ELN atraiu muitos adeptos da Teologia da Libertação também, aquela excrescência que mistura Cristo com Marx, e que tem em Leonardo Boff um representante no Brasil. Novamente, uma turma muito próxima do PT.


Em outras palavras, o governo do PT ajudou na intermediação com um camarada. O presidente Santos, agora reeleito por pouco, tem adotado a estratégia de “conversa de paz” com sequestradores e traficantes, o que é um grande equivoco, em minha opinião. Álvaro Uribe sabe melhor como lidar com essa turma.


As “conversas” com os criminosos do ELN, por intermédio do PT, que teve um papel relevante segundo o presidente da Colômbia, seriam um prenúncio de como o PT pretende lidar com criminosos do MST, MTST ou mesmo PCC? Será que amanhã teremos “negociações” pacíficas com os bandidos do PCC, para que entrem (diretamente) para a política?


Sou “old fashion”, meio como Clint Eastwood, e prefiro o moto americano: com terroristas não se negocia. Bola fora de Santos, e uma pena que os colombianos tenham escolhido esse caminho em vez de insistir na repressão e punição aos criminosos.


O tempo dirá se essa estratégia vai funcionar, ou se demonstra profunda ingenuidade e covardia de uma turma cansada da batalha. Como disse George Orwell, o jeito mais rápido de terminar uma guerra é perdê-la. Acho que os colombianos fizeram tal escolha. E contaram com todo o “construtivo” apoio do nosso governo, que sem dúvida não ignorou os anseios de seus camaradas do ELN…


Rodrigo Constantino







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