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terça-feira, 4 de março de 2014

União Europeia não demonstra entusiasmo com a proposta de punir a Rússia

Na VEJA.com:

O presidente americano Barack Obama voltou nesta segunda-feira a ameaçar o Kremlin com sanções para “isolar” a Rússia caso o governo de Vladimir Putin não recue na sua pretensão de invadir a Crimeia, no sul da Ucrânia, e disse que a Rússia está “do lado errado da história” ao violar o direito internacional e acordos prévios que cederam à Ucrânia o controle da região. Diante das evidências de que Putin não pretende ceder, os Estados Unidos começaram a adotar medidas diplomáticas para pressionar Moscou: anunciaram a suspensão de toda a cooperação militar com a Rússia, incluindo encontros bilaterais e manobras militares conjuntas, e a suspensão das negociações de um tratado comercial.


O próximo passo caso o Kremlin não reverta seu curso é, segundo diplomatas americanos, cancelar a emissão de vistos e congelar os ativos financeiros nos EUA dos oficiais russos no comando da operação na Crimeia, bem como os de instituições financeiras controladas pelo Estado russo. A estratégia da Casa Branca é tentar, aos poucos, impactar a Rússia no bolso, freando as relações comerciais e financeiras de Moscou com o Ocidente.


Mas o plano ganhou nas últimas horas um obstáculo de peso: a União Europeia. Em resposta à ação russa na Crimeia, os líderes do bloco indicaram que pretendem adotar medidas bem mais limitadas, como suspender a venda de armas à Rússia e as conversas diplomáticas com Moscou não relacionadas à crise na Ucrânia. Sanções econômicas foram descartadas por enquanto, por uma simples razão: o enorme volume de negócios entre russos e UE.


Sem o apoio europeu, as sanções adotadas unilateralmente pelos Estados Unidos podem se revelar inócuas para convencer Vladimir Putin a bater em retirada – os EUA não figuram sequer entre os 10 maiores parceiros comerciais da Rússia; o total de exportações e importações entre os dois países está na casa dos 40 bilhões de dólares por ano. Enquanto isso, os negócios russos com a União Europeia somam por volta de 340 bilhões de dólares no mesmo período.


Diplomacia

Com o bloco europeu mais avesso aos riscos de uma paralisia nas relações comerciais, autoridades alemãs enfatizaram a necessidade de diplomacia, enquanto diplomatas holandeses ressaltaram que sanções econômicas estão descartadas agora. Nesta segunda, um documento do governo britânico fotografado por um jornalista afirmava que o governo do primeiro-ministro David Cameron também não apoiaria sanções comerciais ou o bloqueio do mercado britânico ao capital russo.


O documento, revelou a rede britânica BBC, foi fotografado quando era levado por uma autoridade para uma reunião na residência de Cameron, em Downing Street. “A Grã-Bretanha não deveria apoiar por ora sanções comerciais ou fechar o centro financeiro de Londres aos russos”, dizia o texto. Pela foto, o documento não pôde ser totalmente entendido, mas o trecho legível revela que ministros britânicos estudam restrições a vistos e proibições de viagens para altas autoridades russas. Quando indagada sobre a reportagem, uma porta-voz do gabinete de Cameron disse que o governo não faz comentários sobre documentos vazados.







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