Por Reynaldo Turollo Jr., na Folha:
Advogado do banqueiro André Esteves, Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, diz que a prisão de seu cliente foi indevida porque teve como base apenas menções feitas pelo senador Delcídio do Amaral (PT-MS), que também citou outros nomes.
Para o advogado, uma vez que o banqueiro já foi ouvido e já foram cumpridos mandados de busca e apreensão, não há mais razões para mantê-lo preso.
Folha – Por que o sr. questiona a prisão de André Esteves?
Antonio Carlos de Almeida Castro – O Delcídio falou o nome dele em algumas circunstâncias, assim como falou o nome de ministros do Supremo, da presidente Dilma, do [senador] Romário, do [prefeito do Rio, Eduardo] Paes, e todas as pessoas entenderam, com a maior razão, que isso era uma forma de ele se jactar frente às pessoas que estavam ali. Acho que o Ministério Público teve dois pesos e duas medidas.
O sr. vê paralelo entre a citação aos ministros e a Esteves?
Todos os nomes citados o foram por uma questão indevida. No entanto, o do André deu ensejo a uma prisão. Acho até que o Ministério Público poderia investigar e duvidar e questionar. Mas poderia ter pedido oitiva dele, uma interceptação telefônica. Numa hipótese gravíssima, um pedido de busca e apreensão. Agora, a hipótese de prisão me parece desproporcional e arbitrária. Eu não consigo entender como você começa uma investigação em cima de um cidadão probo com um pedido de prisão.
Sobre o mérito das acusações, o sr. poderia relatar o que Esteves disse em depoimento ?
Foi um depoimento extremamente objetivo. O nome dele foi envolvido indevidamente nesse contexto. Imagina, uma fuga mirabolante, que parece coisa de cinema. Isso não é coisa que pode passar numa pessoa com a seriedade e o compromisso social que tem o André. Como se pode imaginar fazer uma prisão de alguém que foi citado por outro?
(…)
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