Cunha se nega a falar sobre supostas contas na Suíça e sugere perseguição da PGR

Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara, se negou a comentar a informação prestada pela Procuradoria Geral da República, que afirma que documentos oriundos da Suíça apontam que ele próprio e familiares têm contas naquele país.

A Folha traz a sua fala:
“Querido, eu não vou comentar. Na medida que dizem que tem alguma coisa, vamos esperar que apareça. Não vou comentar, não vou cair na armadilha de dar para você qualquer tipo de lide  dessa situação”.

Segundo Cunha, só seu advogado, Antonio Fernando de Souza, ex-procurador-geral da República, vai se manifestar:
“Não há o que falar. Não vou ficar todo dia fomentando… Amanhã vai surgir outra coisa. Vai ser assim. Já estou preparado. Tenho de cumprir a orientação dele [de Souza] que me proibiu de falar. Se eu falar, é capaz de ele não querer me defender mais”.

Referindo-se à ação da PGR, cujo titular é Rodrigo Janot, afirmou:
“Está muito claro para mim que, a cada dia, sempre surge uma coisa nova. A minha [investigação que lhe diz respeito] é escolha. É uma coisa que já tá feita há muito tempo.”

Desde que Janot pediu a abertura de inquérito contra ele, Cunha acusa o dedo do Planalto para prejudicá-lo. Quando o procurador-geral decidiu denunciá-lo, ele rompeu formalmente com o governo Dilma.

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