É impressionante como sempre tem petista metido com gente errada, né? Que vocação tem essa gente! Nesta segunda, Gilberto Carvalho, ex-secretário-geral da Presidência (governo Lula) e segundo homem mais importante do PT — só perde para o Luiz Inácio Apedeuta da Silva —, prestou depoimento à Polícia Federal no âmbito da Operação Zelotes. O que há a respeito dele? A suspeita de que atuou em favor de um lobby que resultou na assinatura de uma Medida Provisória, em 2009, que estendeu benefícios fiscais para o setor automobilístico.
As decisões judiciais que deflagraram a terceira fase da operação foram motivadas pelos, como vou chamar?, sinais de que Carvalho transitou nos bastidores de uma Medida Provisória, edita por Lula em 2005, que favoreceu o setor automobilístico.
A PF constatou que era grande a proximidade entre carvalho e Mauro Marcondes, um dos sócios da empresa Marcondes & Mautoni Empreendimentos e Diplomacia Corporativa, uma simples microempresa. Pois bem, há indícios de que a dita-cuja, em companhia da SGR Consultoria Empresarial, pagou R$ 6,4 milhões a “colaboradores” que atuaram nos bastidores da política em favor da MP. Segundo a PF, as duas empresas mais beneficiadas pela nova MP foram a MMC Automotores do Brasil e a Caoa Montadora de Veículos.
A PF aponta que a MP, de 2009, foi baixada quatro dias depois de um evento que teria ocorrido no dia 16 de novembro de 2009 com a inscrição “Café: Gilberto Carvalho”, encontrada em papel apreendido na casa de outro lobista, Alexandre Paes dos Santos, preso nesta segunda-feira. Alexandre, como APS, procurem nos arquivos, é um velho conhecido das lambanças de Brasília.
Afirma o relatório da PF:
“Constatamos que as relações mantidas entre a empresa do lobista Mauro Marcondes e o Gilberto Carvalho são deveras estreitas. Os documentos que seguem abaixo fortalecem a hipótese da ‘compra’ da medida provisória para beneficiamento do setor automotivo utilizando-se do ministro que ocupava a ‘antessala’ do então presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, responsável direto pela edição de medidas provisórias”.
Diz o Ministério Público: “Há indicativos que servidores públicos do Poder Executivo, inclusive da Presidência da República, possam ter recebido vantagem indevida para colaborar no processo de edição da Medida Provisória”. A Folha Online informa que, em uma planilha apreendida pela PF na casa de Alexandre Paes dos Santos, Gilberto Carvalho é citado, entre outras pessoas, dentro de um certo “projeto de prorrogação por mais cinco anos (2015-2020) do Benefício Fiscal para a Caoa”.
Para lembrar, a empresa de marketing esportivo de Luiz Cláudio, um dos filhos de Lula, recebeu R$ 2,4 milhões por supostos serviços prestados à Marcondes & Mautoni Empreendimentos e Diplomacia Corporativa, cujo dono aparece em evidente intimidade com Gilberto Carvalho.
Pode ser tudo coincidência? É.. Os petistas estão mais sujeitos a elas do que qualquer outro grupo, pelo visto. Mas insisto: impressiona a frequência com que os companheiros aparecem em más companhias. Por alguma razão há de ser, não é?
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