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segunda-feira, 17 de agosto de 2015

FHC para Dilma: “Você pensa que é presidente, mas já não é mais”

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso fez no Facebook, nesta segunda, o seu pronunciamento mais contundente sobre a crise por que passa o governo. Para o tucano, Dilma tem um de dois caminhos: “Se a própria presidente não for capaz do gesto de grandeza (renúncia ou a voz franca de que errou, e sabe apontar os caminhos da recuperação nacional), assistiremos à desarticulação crescente do governo”.

Está certíssimo. Não serei eu a discordar, até porque devo ter sido a primeira voz na imprensa a defender que Dilma renunciasse, o que pouparia os brasileiros de muito sofrimento. Se um eventual governo Temer se mostrar também inviável, lembro que as instituições brasileiras, felizmente, têm saída também para isso.

FHC abordou um binômio de que tratei aqui no dia 7 de agosto: legalidade e legitimidade. Disse ele: o “mais significativo das demonstrações, como a de ontem é a persistência do sentimento popular de que o governo, ‘embora legal, é ilegítimo’.”

E que se note: considera-se o governo legal porque legalmente Dilma chegou lá. Mas a esmagadora maioria da população acha que a legalidade também se foi — tanto é assim que a maioria acredita que Dilma sabia das falcatruas da Petrobras.

FHC comentou também o boneco inflável de Lula, caracterizado como presidiário, que apareceu nas manifestações: “Com a metáfora do boneco vestido de presidiário, a presidente, mesmo que pessoalmente possa se salvaguardar, sofre contaminação dos malfeitos de seu patrono e vai perdendo condições de governar.”

Gentil com a presidente, FHC não deixa de lhe dar ao menos o benefício da dúvida, mas lembra o que hoje está mesmo muito claro: Dilma é vista como uma marionete de Lula, e seu governo se contamina com o desassombro com que se movia aquele senhor dentro e fora do poder.

FHC sugere que Dilma já não governa mais e, hoje, vive exclusivamente preocupada com a Lava-Jato. E sentencia: “Até que algum líder com força moral diga, como o fez Ulysses Guimarães a Collor: ‘você pensa que é presidente, mas já não é mais’.”

Daí que a renúncia, parece-me, devesse ser um imperativo moral.



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