Joaquim Levy falou a empresários nesta sexta (ver post anterior). Disse o óbvio: o ajuste fiscal é consequência da crise econômica, não causa. Mas a crise econômica, à diferença de Deus na teologia, está entre as causas causadas, entendem? Só Deus, meninas e meninos, pode ser considerado a causa das causas não-causadas. Até parece que a crise que está aí é uma fatalidade. Não é, não.
Levy explica o óbvio. O governo petista navegou nos preços estratosféricos das commodities e incentivou o modelo ancorado no consumo. Não é que não tenha resistido à tentação apenas. Lula ancorou o seu discurso contra tudo o que veio antes na bolha. Mas aí a festa acabou. As commodities despencaram, e o país não havia se preparado.
Então entrou a genialidade de Guido Mantega, especialmente em parceria com Dilma. E ambos resolveram “estimular” a economia com incentivos, desonerações, um pouco mais de gastos, um pouco mais de consumo. A redução dos juros na porrada fez parte da patuscada. Colapsou.
Disse Levy: “Dada a fragilidade da economia, nós apenas mudamos a direção. Se nós olharmos o superávit, que atualmente é um déficit, o balanço estrutural fiscal já vinha se deteriorando desde 2012, e o que fizemos foi estancar essa deterioração. Na verdade, a economia já vinha se desacelerando. Não foi o ajuste fiscal”.
Sim, é isso mesmo. A crise está aí. Tem causa. Não é Deus. É possível chegar à origem. O PT é a causa das causas causadas.
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