Páginas

Feed Testando Templete

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Monteiro cita falhas e quer aumentar competitividade

Por Gabriel Castro, na VEJA.com:


Em sua primeira fala após ser confirmado como o próximo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, o senador Armando Monteiro Neto (PTB-PE) disse o que o mercado queria ouvir e traçou objetivos ambiciosos. No discurso – lido e sucedido por uma rápida entrevista coletiva no Palácio do Planalto –, ele afirmou que chega ao cargo para melhorar o diálogo do governo com a indústria. “A nossa escolha pretende contribuir para que haja uma interlocução mais efetiva com o setor produtivo nacional, que precisa ser convocado a participar desse esforço de ampliação das exportações”, afirmou.


O Planalto não costuma organizar entrevistas coletivas ou pronunciamentos de ministros recém-nomeados, antes da posse. Mas, assim como aconteceu na semana passada com os novos nomes da equipe econômica, a intenção do governo era dar um sinal imediato ao mercado.


Armando Monteiro apontou o que, em sua visão, são falhas do modelo atual de desenvolvimento: “Nosso país ainda apresenta elevados custos, com um sistema tributário complexo que onera os investimentos e as exportações, deficiências na capacitação do capital humano e na qualidade da infraestrutura e um excesso de regulamentações e de procedimentos burocráticos que desestimulam o desenvolvimento da atividade produtiva”.


O futuro ministro defendeu uma ação em cinco eixos para retomar a competitividade da indústria: a realização de reformas microeconômicas, como a tributária, o crescimento do comércio exterior, o fortalecimento do parque fabril, a adoção de um marco legal que favoreça a competitividade e o aperfeiçoamento no atual sistema de governança.


Armando Monteiro também afirmou que o real está valorizado, o que, na avaliação dele, prejudicou as exportações na última década. Por outro lado, disse que as mudanças no câmbio precisam ser graduais: “Os processos artificiais de correção cambial conduzem sempre a situações perigosas”, disse ele.


O petebista se disse preocupado com a queda nas exportações de manufaturados, que deve ser de aproximadamente 10% em 2014. Ele falou em reduzir os “custos sistêmicos” e deixou claro que vai atuar em consonância com o novo trio formado por Joaquim Levy na Fazenda, Nelson Barbosa no Planejamento e Alexandre Tombini no Banco Central: “Essa agenda está em consonância com os objetivos gerais da política econômica anunciada pelos futuros ministros Joaquim Levy, Nelson Barbosa e Alexandre Tombini. O reequilíbrio macroeconômico é condição fundamental para o fortalecimento da confiança dos agentes econômicos e da retomada de um crescimento mais vigoroso”, afirmou.


O novo ministro, cuja nomeação foi anunciada em nota na tarde desta segunda-feira, vai começar a despachar de imediato com o atual ministro, Mauro Borges. Mas a posse deve ser feita apenas em janeiro de 2015.







from Reinaldo Azevedo - Blog - VEJA.com http://ift.tt/1yaYQUa

via IFTTT

Nenhum comentário:

Postar um comentário