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sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Polícia terá de tirar os manifestantes dos gramados do Congresso. Fascistodes opostos e combinados conseguiram o que queria o PT

O governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB), e os presidentes da Câmara e do Senado, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e Renan Calheiros (PMDB-AL), respectivamente, se reuniram e decidiram que os vários movimentos que ocupam os gramados do Congresso têm 48 horas, a contar da meia-noite de hoje — quando os militantes da CUT devem deixar o local —, para desocupar a área.

Eis aí o serviço prestado aos reacionários do petismo pelas ditas Mulheres Negras e pelos tais Intervencionistas. Como já escrevi aqui, os dois grupos defendem formas opostas, porém combinadas, de golpe: quem pede intervenção militar quer rasgar a Constituição; quem chama de golpismo o impeachment de Dilma também quer rasgar a Constituição. Os Intervencionistas são apenas um pouco mais patéticos porque é evidente que os militares ficarão no seu lugar: os quartéis.

Atenção! A extrema esquerda havia planejado a patuscada violenta a que se assistiu nesta quarta para o dia 28 de outubro, quando os milicianos de João Pedro Stedile, de Guilherme Boulos, de Jean Wyllys e de Jadira Feghalli invadiram a área do gramado ocupada pelo MBL. A ideia era fazer correr sangue para que os acampados tivessem de deixar o local.

Não aconteceu porque o MBL não cedeu à provocação. É bem verdade que uma tiazinha do PSOL, com um instrumento pontiagudo, conseguiu arrancar um pouco de sangue de Renan Santos, um dos coordenadores do movimento, mas sem gravidade.

Pouco mais de uma semana depois, os brucutus voltaram, mas a área estava bastante policiada, e eles não conseguiram bater em ninguém. O MTST não retornou, mas chegaram uns brutamontes com a camiseta da CUT, com aquele porte inequívoco de profissionais da porrada.

Muito bem! A esquerda não é burra, não é? Se as ditas Mulheres Negras tivessem invadido a área do MBL nesta quarta, iriam enfrentar, também elas, a resistência pacífica. Por isso resolveram plantar sua impostura em área menos fértil de ideias e escolheram provocar os ditos Intervencionistas, que gostam de fingir que estão preparados para a guerra, o que é ridículo. E tiveram como resposta aquilo que foram buscar. E se deu, então, o que se viu. Dois cretinos chegaram a dar disparos para o alto.

Pronto! Mulheres Negras e Intervencionistas conseguiram: agora todo mundo vai ter de deixar o local. Nem que o PT tivesse contratado os defensores da intervenção militar para esse trabalho, o resultado teria sido tão positivo para o partido.

Parece-me evidente e lógico que ninguém vai enfiar a barraca debaixo do braço e se despedir do gramado, assim, por nada. Parece-me óbvio que a Polícia terá de apelar ao uso da força — QUE SE DISTINGUE DA VIOLÊNCIA — para que haja a desocupação.

E também nesse caso é preciso distinguir alhos de bugalhos, democratas de golpistas. Os integrantes do Movimento Brasil Livre, do Vem Pra Rua e de outros grupos pacíficos que lá estão não vão recorrer a nenhuma forma de violência.

Espero que a Polícia do senhor Rollemberg saiba distinguir essa resistência da truculência. E que, pois, aplique o conceito democrático do uso proporcional da força. Ou o governador estará manchando a sua biografia de democrata.

Infelizmente, não creio que a operação vá se dar de maneira absolutamente pacífica. Assim, a primeira etapa do que quer que aconteça tem de ser a certeza — e as forças de segurança têm com obtê-la — de que não há armas por ali, inclusive de posse de eventuais agentes provocadores. E eles existem.

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), deveria olhar bem para o que está em curso e se envergonhar.

Oposição
Espero que deputados e senadores de oposição — e também os de partidos da base que não compactuem com o atual estado de coisas — estejam, na segunda-feira, no único lugar que lhes cabe estar: ao lado dos jovens que acampados no gramado do Congresso em defesa da Constituição e das leis.

Posso lhes garantir que milhões de brasileiros estarão atentos ao que acontecer por ali. Agora, em 2016 e em 2018. Não se esqueçam: o Brasil está mudando. 



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